Quanto rende um imóvel em Curitiba (e o que isso diz sobre o mercado local)

Curitiba vive um dos melhores momentos da sua história recente no mercado imobiliário. Com alta valorização, rentabilidade sólida e economia em crescimento, a capital paranaense se tornou referência nacional em retorno de investimento com imóveis.

De acordo com levantamentos do FipeZAP, MySide, Secovi-PR e Ademi-PR, a cidade combina dois fatores raros: crescimento patrimonial acima da média nacional e estabilidade econômica.

Neste artigo, o Projeto Radiê apresenta um panorama completo sobre quanto rende um imóvel em Curitiba, quais bairros mais se destacam e o que esses números revelam sobre o futuro do mercado local


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Rentabilidade de imóveis em Curitiba: o retrato atual

De 2019 a 2024, a rentabilidade média de imóveis para locação em Curitiba foi de 13,5% ao ano, segundo a plataforma MySide, o que coloca a cidade na 4ª posição entre as capitais brasileiras.

Essa taxa de retorno é próxima da Selic média do período (15%), o que demonstra alto potencial de renda passiva com risco menor do que investimentos puramente financeiros.

Além do aluguel, há também o ganho de capital: Curitiba registrou valorização imobiliária de 18% em 2024, segundo o FipeZAP, o maior crescimento entre todas as capitais do país, bem acima da média nacional de 7,73%.

Em outras palavras:

Quem investiu em imóveis na capital paranaense nos últimos anos teve retorno duplo acima da média, tanto na renda mensal quanto no aumento do valor do patrimônio.

Quanto vale o metro quadrado dos imóveis em Curitiba

O preço médio de venda dos imóveis em Curitiba fechou dezembro de 2024 em R$ 10.703/m², segundo o FipeZAP.

Isso coloca a cidade na 4ª posição nacional, atrás apenas de Vitória, Florianópolis e São Paulo.

Veja alguns exemplos práticos:

Tipo de imóvelValor médio por m²Preço aproximado (50m²)Fonte
Apartamento médioR$ 10.703R$ 535.000FipeZAP
Apartamento popularR$ 8.739R$ 436.000Agente Imóvel
CasaR$ 4.773R$ 239.000Agente Imóvel

A variação de preços entre bairros é expressiva, reflexo direto da valorização desigual e da infraestrutura disponível.

Bairros com imóveis mais valorizados e mais rentáveis de Curitiba

Bairros com maior valorização (2024)

  1. Campo Comprido: +32,2%
  2. Batel: +29,8%
  3. Água Verde: +16,5%
  4. Portão: +15,4%
  5. CIC: +13,2%

Esses números mostram uma tendência consistente de valorização tanto em bairros centrais quanto em áreas de expansão com boa infraestrutura.

Bairros mais caros (venda por m²)

  1. Batel: R$ 14.551/m²
  2. Bigorrilho: R$ 12.808/m²
  3. Juvevê: R$ 11.297/m²

Mesmo com valores elevados, esses bairros mantêm alta demanda e baixa vacância, especialmente entre locatários de médio e alto padrão.

Preços de aluguel por m²

  • Batel: R$ 53–55/m² (37% acima da média)
  • Média Curitiba: R$ 39/m²
  • Bairros mais acessíveis: Cachoeira, Tarumã, Vista Alegre e Campo do Santana (R$ 10–18/m²)

O aluguel residencial na cidade está em pleno aquecimento, com contratos renovados até o dobro do valor anterior.

Por que o mercado de imóveis em Curitiba está em alta

Curitiba se destaca por fundamentos econômicos sólidos e infraestrutura urbana consolidada. De acordo com o IBGE, o Paraná possui o 4º maior PIB do Brasil, e a capital representa um dos principais polos de serviços, tecnologia e indústria.

Entre os fatores que explicam o desempenho:

  1. Localização estratégica e qualidade de vida reconhecida
  2. Infraestrutura urbana consolidada
  3. Mercado imobiliário maduro e estável
  4. Demanda crescente por locação de longo prazo
  5. Correção histórica de preços abaixo da média nacional

Segundo a Ademi-PR, o mercado curitibano vive um ciclo de correção natural, com imóveis que ainda custam menos do que equivalentes em outras capitais do Sul e Sudeste.

Análise de rentabilidade: o que os números revelam

Quando se considera rentabilidade de locação (13,5% a.a.) + valorização patrimonial (18%), o investidor imobiliário em Curitiba obtém retorno total próximo a 30% ao ano, somando rendimento e ganho de capital.

Naturalmente, parte desse número depende da estratégia, imóveis em bairros premium têm valorização alta, mas menor yield mensal; enquanto unidades compactas em bairros médios garantem fluxo de caixa mais previsível e vacância reduzida.

Exemplo prático:

Um apartamento de 50m² no bairro Água Verde, avaliado em R$ 550.000, alugado por R$ 2.200/mês, gera:

(2.200 × 12) ÷ 550.000 × 100 = 4,8% a.a. de rentabilidade bruta.

Com a valorização média do bairro (+16,5%), o retorno total anual chega a cerca de 21%, considerando capitalização de preço e aluguel.

O mercado de locação em 2025

2025 tem se mostrado um ano excelente para o mercado de locação, com recorde em volume e ticket médio.

Tendências apontadas:

  • Aumento da taxa de ocupação (vacância em queda)
  • Demanda por contratos flexíveis e curtos prazos
  • Crescimento das locações residenciais para jovens profissionais
  • Rendimento médio acima do IGP-M
  • Dobro de reajustes em renovações de contrato

Esses sinais reforçam que o investidor em Curitiba tem segurança e liquidez, algo essencial para quem busca renda recorrente com imóveis.

Oportunidades e estratégias para investidores

Com base nos dados levantados, o Radiê identifica três tipos de estratégia imobiliária promissora em Curitiba:

  1. Imóveis de locação em bairros centrais (Batel, Bigorrilho, Água Verde)
    • Alta liquidez e demanda constante.
    • Ideal para quem busca fluxo de caixa estável.
  2. Apartamentos compactos em bairros em valorização (Campo Comprido, Portão, CIC)
    • Preço de entrada mais baixo e crescimento acelerado.
    • Perfeito para reinvestimento a médio prazo.
  3. Imóveis de médio padrão em bairros consolidados (Cabral, Juvevê)
    • Mistura de segurança, valorização e facilidade de revenda.

O que esperar dos imóveis em Curitiba nos próximos anos

As projeções indicam que Curitiba deve continuar crescendo acima da média nacional. O FipeZAP aponta tendência de alta moderada nos preços até 2026, impulsionada por:

  • Demanda interna aquecida;
  • Crescimento populacional e de renda;
  • Atração de empresas e startups;
  • Adoção de políticas urbanas sustentáveis.

A tendência é de que o mercado curitibano ainda está “em correção”, o que significa que há espaço para valorização adicional, especialmente em regiões intermediárias e próximas a eixos de mobilidade urbana.

Conclusão: Curitiba é uma base sólida para construir patrimônio

Curitiba oferece um cenário excepcional para o investidor imobiliário moderno.

Com rentabilidade média de 13,5% a.a., valorização de 18% em 2024 e liquidez crescente, a cidade une os três pilares que todo investidor busca: estabilidade, retorno e segurança.

Investir em Curitiba é apostar em uma cidade com estrutura madura, economia forte e potencial de valorização sustentável.

No longo prazo, quem constrói patrimônio aqui está literalmente sobre um solo fértil, em valor, demanda e confiança.


Próximo passo:

Leia o artigo Retrofit: o que é, como funciona e quando vale a pena e veja como reformas estratégicas podem ampliar ainda mais a rentabilidade dos imóveis curitibanos.


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